Por, literalmente, muitos anos este poema foi meu "quem sou eu" no Orkut. Engraçado como um simples site de relacionamentos (seja lá o que isso queira dizer) faz todo mundo se transformar num pós-socrático: quem sou eu? A pergunta é: quem é você para perguntar quem sou eu?
Graças a Deus, sigo a máxima "a única coisa que nunca muda na natureza é que ela sempre muda", assim, por mais clichê que seja a ideia da metamorfose ambulante, hoje me sentei no divã (filme e livro fantásticos) e me descobri outra (s). Vai quem eu era e poderei voltar a ser quando quiser/puder.
Em tempo: agradeço à tv Paraíba pela iniciativa da matéria sobre como lançar livros e por terem lembrado de mim (risos). Foi ao ar segunda-feira com uma verdadeira trindade: Sidney Andrade (por mais estranho que seja chamá-lo assim...) e sua fertilidade blogueira; Thiago Lia Fook com seu itinerário lírico prestes a desabrochar para nossa alegria poética e Flaw Mendes e sua indescritível (e indiscutível) capacidade de transformar arte em mais arte. Pra quem assistiu, viu que ao repórter me perguntar sobre por que estou indo para o meu quarto livro, reiterei um posicionamento defendido nuns post's passados: para que o leitor se assuste se identificando com minhas letras, mais até do que para ser "reconhecida". Em tempo ainda: peço desculpas públicas à Mirtes por não ter podido (questões pessoais e inadiáveis) ter ido à FLIBO. Que foi um sucesso, já era esperado. A vida nos reservará outras oportunidades.
Vamos ao poema do meu ex-quem sou eu...
Graças a Deus, sigo a máxima "a única coisa que nunca muda na natureza é que ela sempre muda", assim, por mais clichê que seja a ideia da metamorfose ambulante, hoje me sentei no divã (filme e livro fantásticos) e me descobri outra (s). Vai quem eu era e poderei voltar a ser quando quiser/puder.
Em tempo: agradeço à tv Paraíba pela iniciativa da matéria sobre como lançar livros e por terem lembrado de mim (risos). Foi ao ar segunda-feira com uma verdadeira trindade: Sidney Andrade (por mais estranho que seja chamá-lo assim...) e sua fertilidade blogueira; Thiago Lia Fook com seu itinerário lírico prestes a desabrochar para nossa alegria poética e Flaw Mendes e sua indescritível (e indiscutível) capacidade de transformar arte em mais arte. Pra quem assistiu, viu que ao repórter me perguntar sobre por que estou indo para o meu quarto livro, reiterei um posicionamento defendido nuns post's passados: para que o leitor se assuste se identificando com minhas letras, mais até do que para ser "reconhecida". Em tempo ainda: peço desculpas públicas à Mirtes por não ter podido (questões pessoais e inadiáveis) ter ido à FLIBO. Que foi um sucesso, já era esperado. A vida nos reservará outras oportunidades.
Vamos ao poema do meu ex-quem sou eu...
Eu sou sempre outra
Sempre vou além de mim
Eu sou coisa, gente, bicho
Sou o que sinto, e não tenho fim
Eu NÃO sou a mulher da sua vida
A nora dos seus sonhos
A filha que se pede a Deus
A melhor amiga que uma pessoa pode ter
Eu sou. E isso basta para quem se abastece de mim
Eu sou alada
Metade cavalo, metade arqueiro
Meu sagitárius é pisciniano
Tenho uma asa e um pé de chumbo,
Sou a peixinha esquecida nadando contra a maré.
Para quê? “Para achar a solução”
De quê? Quando eu descobrir a solução, eu descubro o problema...
Eu sou levada. Feito criança. Como vento
Eu não sou palavra, eu sou pensamento
Eu sou uma mistura de diamante com dinamite
Quando nasci, descobri que morreria
E enquanto não morro, nasço, de novo todos os dias
Às vezes, mais absurda que entendível
Às vezes, mais liberdade que prisão
Às vezes cansaço, outras vulcão
Se sou “moça falada”,
Me sinto mulher recitada.
Eu falo alto, eu como muito.
Eu penso demais e amo orgasticamente
Sou muita, porque não aprendi a ser pouca
E muitas, porque cada um tem a Samelly que cativou.
Sim, espinho e pétala, sei que sou
“eternamente responsável por aquilo que cativo”.
(Meu sangue é latino, minha alma é cativa.)
Entre a lua e o poste, eu sou a luz do vaga-lume
E enquanto divago, se me chamam de ser iluminado
Concordo: pisca-pisca quebrado
“A terra é minha pátria, o céu, o meu teto; a liberdade, minha religião”.
Cigana por identificação. Professora por ideologia.
Mãe e filha por devoção. Poeta por necessidade.
Amiga por vontade.
(Quando) amada por opção.
Bem e mal, sim e não, ying-yang, festa e caixão.
Sorrio para ambos. Até quando choro.
Vim da cidade, passei pelo campo
Minha ambição é plantar girassóis nos cantinhos dos out-doors
Metade do que sou é o que eu fui
A outra metade, é o que vou ser
Por essa lógica, “não sou nada, nunca serei nada,
contrário a isso, tenho em mim todos os sentimentos do mundo”.
Sou o que seus olhos querem/podem/desejam ver
Logo, eu sou seus olhos. E eles brilham.
Por lágrimas ou paixão.
Sou um escândalo!
E tenho aprendido a filosofia do sândalo:
Nas mãos de quem me cuida, me aduba, me cultiva
Me deixo serena, enraizada em risadas
Nas mãos de quem me golpeia, fere e arranca
Deixo a lembrança de um perfume
que só de mim exala.
Samelly Xavier, em julho de 2007
(poema ainda inédito.
POR FAVOR, RESPEITEM OS DIREITOS AUTORAIS!)
(poema ainda inédito.
POR FAVOR, RESPEITEM OS DIREITOS AUTORAIS!)